terça-feira, 29 de julho de 2014

Felipão no Grêmio: por que não?

Estamos diante, mais uma vez, de uma mudança radical de valores em um grande clube do futebol brasileiro.

Vejamos: você tem um técnico jovem e com potencial, mas que ainda não possui um nome forte o suficiente para ser bancado pela direção perante uma torcida. Depois de três empates (todos por 0x0), uma vitória contra o Figueirense e uma derrota contra o Coritiba, ele é demitido. Para o lugar dele, é contratado um figurão, campeão da Libertadores pelo clube e com uma história absurda – de quase 20 anos atrás.

Ah, importante constar: figurão esse que, no comando da Seleção Brasileira, foi um dos responsáveis direto do maior vexame da história do escrete nacional. Em casa.

Mas... por que não?

É uma questão de identificação, uma coisa subjetiva demais para ser medida na frieza dos números. Felipão é gaúcho e fez história no tricolor de Porto Alegre. A torcida idolatra ele e há anos torce por um retorno. Ok, o timing não foi o ideal – e a volta depois de uma humilhação desse calibre é bem contestável – mas isso depõe quanto a dar certo ou não.

Talvez Luiz Felipe Scolari seja antiquado, talvez não tenha os melhores métodos, talvez seja cabeça dura demais pra mudar. Tudo isso pode ser verdade. Mas ele tem a cara e a alma que o Grêmio pode precisar nesse momento.

Só voltando rapidamente ao começo do post: não acho que Enderson Moreira merecia a demissão – especialmente por estar a três pontos da zona de classificação à Libertadores de 2015. Confio no seu potencial, acredito que o tempo em um clube grande poderia fazer um bem enorme a ele e ao futebol brasileiro.

Mas ele saiu e veio Felipão.

E a pergunta é: por que não?

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