Eu juro que tento fugir do lugar comum quando escrevo os meus textos, mas esse não teve como evitar: de fato existem coisas que só acontecem com o Botafogo.
Já são três meses de salário atrasado em carteira e mais cinco meses de direitos de imagens, segundo matéria do globoesporte.com. O pior de tudo: eles têm menos culpa do que se imagina.
Vamos voltar, claro, àquela velha lenga lenga de gestões absurdas no passado, montanha galopante de dívidas, juros crescentes, aquela coisa toda. Mas o fato é que mal ou bem o Botafogo vinha conseguindo uma estabilidade nos últimos anos.
E eis que surge o misterioso problema no teto do Engenhão, estádio que administra e que tem a concessão. 6 anos depois de pronto, o estádio precisa ser fechado para reformas. Beira a insanidade.
Sem usa principal fonte de renda e tendo que pagar para o nefasto Consórcio Maracanã um valor abusivo para jogar futebol em casa, o clube começa a sofrer de um efeito dominó nas suas contas. Seedorf foi, Vitinho teve que ir, Lodeiro disse tchau. Jovens são colocados na fogueira para resolver – uns conseguem e outros não, como é normalmente.
Com uma das menores torcidas entre as 12 grandes do Brasil e um programa de sócio torcedor apenas tímido (cerca de 11 mil sócios), o Botafogo precisa se virar nos 30 para conseguir sair desse atoleiro.
As duas últimas rodadas do Brasileirão antes da Copa (vitória contra o Palmeiras e empate com o Corinthians, ambos em São Paulo) deixam alguma esperança. Mas o cenário piora gradativamente.
A esperança por dias melhores é a última que morre. Mas hoje respira por aparelhos.
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