O futebol alemão merece. Depois de 24 anos do último título – exatamente contra a Argentina na final em 1990 – veio o quarto título.
Existe palco melhor no mundo para isso do que o Maracanã? Óbvio que não.
Eles vieram e custaram a convencer. É verdade que o jogo contra Portugal foi um passeio, mas muito se pode por na conta da expulsão de Pepe. Depois veio aquela partida duríssima contra Gana, onde quase a vaca foi pro brejo, como diria João Saldanha. O último jogo modorrento contra os Estados Unidos veio só para confirmar o primeiro lugar e o favoritismo.
Começa a fase decisiva. Um jogo impróprio para cardíacos contra a Argélia, com vitória na prorrogação. Depois o jogo que talvez tenha confirmado o favoritismo, apesar de ainda ser abaixo da média: a França, uma das sensações da primeira fase, sofreu nas mãos dos alemães.
E vou falar o que da sapatada histórica de 7x1 contra a seleção brasileira? Domínio do começo ao fim da partida e um adversário completamente transtornado. Vai virar um mito, uma lenda, das maiores histórias de Copa do Mundo que já se viu.
A final poderia ter sido melhor jogada. Muita marcação e meio pouco inspirado. Foi preciso vir um garoto de 22 anos do banco resolver a parada. E como resolveu: gol digno dos melhores centro avantes – coisa que ele, aliás, não é. Um meia avançado que entrou como falso 9 ensinou o nosso Fred como se resolve uma parada dura.
A Alemanha, do planejamento, da geração que encantou o mundo em 2010, conquista a Copa com a maior justiça do mundo. Isso fora tudo que aconteceu fora de campo: simpatia, demonstrações de carinho com o Brasil e com o povo brasileiro, vontade de participar e de aprender, respeito pela nossa cultura e nossa tradição.
Pensando bem, os alemães eram compeões muito antes dessa final.
Deutschland, Weltmeister 2014!
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