sexta-feira, 4 de julho de 2014

Brasil 2 x 1 Colômbia: O que a gente queria e não queria

O primeiro parágrafo precisa ser dedicado a isso: Daniel Alves não volta mais nessa Copa do mundo. A partida que o Maicon fez foi absolutamente segura, tanto no ataque quanto na defesa. Boas subidas em velocidade indicam o físico em dia. Temos, finalmente, um lateral direito.

Agora, o jogo.

O primeiro tempo do Brasil fez lembrar os bons jogos da Copa das Confederações. Time intenso, que sabia a hora de fazer pressão e de dar espaço. Boas retomadas em velocidade e ataques precisos deram o tom.

Surpreendentemente, Neymar não conseguiu mostrar o seu melhor futebol nessa partida e, de quebra, saiu machucado nos minutos finais. Torcida intensa para que não seja nada.

Hulk destoou na boa primeira etapa. Apesar de ter dado dois bons chutes, não conseguiu fazer o seu jogo fluir. Perdeu muitas bolas que não está acostumado.

Fred até voltou mais e se apresentou, mas ainda não conseguiu encaixar o seu jogo. Até quando a gente pode esperar que ele apareça?

Depois da semana conturbada por culpa das discussões infindáveis sobre o seu psicológico, Thiago Silva teve o melhor presente que um jogador de futebol pode desejar: um gol. E também o pior: suspensão de um jogo decisivo.

(Sobre isso, temos a vantagem que Dante está acostumado a jogar com os seus próximos adversários da seleção alemã. Lado positivo, sempre!)

E veio o segundo tempo com a Colômbia jogando melhor. O filme era tenebrosamente semelhante ao das quartas de 2010. O Brasil apagou.

Mas surge David Luiz. E que cobrança de falta, amigos. Um pombo sem asa, indefensável, pra morrer no único lugar que o goleiro não ia alcançar nunca. Até agora, vendo o replay, eu sopro a bola pra ela ir na direção do gol. Inacreditável.

E a Seleção Brasileira, que já estava mal, piora. O meio de campo some, os laterais param de apoiar, Neymar entra dentro da marcação adversária e Hulk erra tudo o que tenta. Num lance desnecessário, Thiago Silva é amarelado e suspenso. Depois, um pênalti indiscutível e bem cobrado por James.

Virou drama. Neymar se machucou, o Brasil errava cada vez mais. Entram três zagueiros, Hernanes e Ramires. Nada mais dava certo. Não existia mais ataque, nem contra ataque. Só ataque contra.

Eram jogados 50 minutos quando o senhor do apito pediu a bola. Arbitragem confusa, com vários lances para cartão que passaram batidos. Mas acabou. Os Deuses do Futebol não iam permitir uma prorrogação com o Brasil no estado em que se encontrava.

Um dos jogos mais intensos da Copa do Mundo até aqui, mesmo sem trinta minutos adicionais. Mas acabou.

E o Brasil está nas semi finais em casa.

Ufa.

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