sexta-feira, 11 de julho de 2014

Van Gaal está certo: terceiro lugar não vale nada

Antes de criticar a própria existência da disputa do terceiro lugar como uma partida numa Copa do Mundo, eu tento entender o motivo dela existir.

Pelo princípio da competitividade, a disputa do terceiro lugar tem um valor muito relativo. O jogo deste sábado, entre Holanda e Brasil, não vale rigorosamente nada para os dois: o Brasil, de ressaca violenta depois da surra que levou, encara uma Holanda que tentou seu primeiro título na história depois de ser vice pela terceira vez na última Copa. Terceiro lugar pra esses dois gigantes? Pra quê?

Claro que existem outros casos. Em 1994, era interessante para Suécia ou Bulgária o terceiro lugar, assim como a Croácia brigou muito em 1998 e a Turquia e Coréia do Sul também em 2002. A própria seleção de Portugal tentava igualar uma campanha histórica em 2006. Mas são situações interessantes para países de pouca tradição em Copas – o que não é o caso neste ano.

A partida existe mesmo é para vender ingresso e ter mais jogos na Copa do Mundo. Dinheiro, meus amigos. O pior é que normalmente é um jogo divertido, com as duas seleções visando mais o gol do que normalmente, já que têm pouca responsabilidade. Tirando isso, é meio alheio a qualquer coisa.

Para fins de competição, não gosto desse jogo. Mas se ele precisa existir, eu enxergo uma alternativa interessante: a disputa do terceiro lugar acontecer como preliminar da grande final. Assim, o “evento de encerramento” englobaria a própria festa, dois jogos de futebol,personalidades dos países envolvidos, a “passagem de bastão” simbólica para a próxima sede, etc. Um grande espetáculo de entretenimento de várias horas.

Mas do jeito que está hoje eu tenho a tendência a concordar com Van Gaal: não vale nada.

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