terça-feira, 1 de julho de 2014

Apanhadão das oitavas de final

Acabou a segunda fase da Copa do Mundo. Agora serão dois dias inteiros sem sequer uma partida de futebol para assistir. Mas vamos sobreviver juntos. Que tal começar relembrando o que de melhor aconteceu nessas oitavas de final?

A redenção de Júlio César: crucificado injustamente por um apagão geral no segundo tempo e uma expulsão injusta na partida contra a Holanda que eliminou o Brasil na Copa do Mundo de 2010, o goleiro brasileiro conseguiu dar a volta por cima em grande estilo. Depois de fazer defesas seguras durante toda a partida contra o Chile, garantiu a classificação fechando o gol nas cobranças de penalidades. Melhor volta por cima, impossível.

O show de James: Quem jogou Football Manager nos últimos anos lembra de um moleque colombiano muito novo e que vira um craque absurdo com o passar dos anos. O nome dele é James Rodríguez. Com 22 anos, ele carrega a seleção colombiana (que, lembremos, está desfalcada de sua estrela maior, Falcao García) em direção à voos maiores. O artilheiro da Copa, com 5 gols, marcou uma verdadeira pintura contra o Uruguai – no único jogo relativamente “simples” dessa fase, diga-se.

A simpática Argélia: Como já escrevi em outro post, todo mundo gostou de ver a Argélia jogar. Saiu de campo ovacionada pela torcida brasileira depois de ser eliminada numa prorrogação épica contra a fortíssima Alemanha.

O favor da Costa Rica: Os gregos e decendentes que me desculpem, mas a Costa Rica fez um verdadeiro favor ao futebol quando eliminou a Grécia. É o único time que eu não vi jogar um minuto sequer de futebol envolvente durante toda a Copa do Mundo (minto, também não vi Honduras – mas eles já saíram). É um dos únicos remanescentes da “retranca obscena” que tanto assombra o futebol. Vai tarde, Grécia. Valeu, Costa Rica!

A épica Holanda: Porque se não for épica, não é Holanda. A virada nos últimos minutos contra o México vai entrar com certeza para a história da Copa do Mundo. Aliás, conseguir furar o paredão Ochôa duas vezes também foi um feito incrível. A atuação não repetiu o nível de outras, mas fica o registro do poder de reação.

A corrida de Messi: A seleção argentina encarou um jogo duríssimo contra a Suíça quando, de novo, teve a chance de perder em duas bolas – o atacante suíço fez o favor de perder. Eis que nos instantes finais da prorrogação, Messi, que estava bem marcado e não havia conseguido render nada no jogo até então, pega uma bola, deixa um marcador no chão, passa limpa para Di María e sai para o abraço. Uma corrida, um passe, uma bola, um gol. Tudo que a Argentina precisa.

A incrível geração da Bélgica: O título é proposital. Ando lendo muita baboseira descabida na internet – pessoas que nunca viram uma partida de um campeonato europeu comentando como especialistas em desempenho de Lukaku, Hazard, Fellaini, Vertonghen, Witsel e seus blue caps. Falaram de “geração playstation” para baixo. Ora, depois do jogo de hoje hão de se calar. Foi a partida com o maior número de chutes no gol em décadas de Copa do Mundo. Um futebol envolvente contra uma raça tremenda dos americanas. Jogaço, decidido nos instantes finais da prorrogação. Finalmente a Bélgica cumpre o que vinha prometendo desde as eliminatórias.

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