domingo, 22 de junho de 2014

O que eu vi da segunda rodada da Copa do Mundo

Já se passaram mais jogos do que todos nós gostaríamos. A Copa do Mundo de 2014 no Brasil, finalmente, começa a chegar em sua fase aguda. Entre heróis e vilões, vamos dar uma volta no que de melhor aconteceu nessa segunda rodada de futebol na Copa do Mundo.

Espanha eliminada na segunda rodada: A atual campeã do mundo e bicampeã europeia caiu. E não foi igual ao Brasil de 1966, a França de 2002 ou a Itália de 2010: caiu no segundo jogo. Diante de um Maracanã absolutamente lotado e chileno, a derrota por 2 x 0 fechou o caixão do escrete espanhol. Podemos falar de vários motivos: elenco envelhecido, falta de vontade, falhas sistemáticas do goleiro, sistema de jogo conhecido pelos adversários. Só não pode deixar de falar em humilhação. E a Espanha, eliminada só tendo marcado um gol em pênalti suspeito em toda a copa, foi humilhada no Brasil. Como ano passado, aliás.

Chile, ou “a verdadeira La Roja”: Depois do susto contra a Austrália, um jogo que vai ficar para a história contra a Espanha. Dominou as ações, conseguiu logo a dianteira no placar e chegou a dar “olé” no Maracanã. Já falam que agora eles são a verdadeira “La Roja”

(um parênteses: será que a Holanda vai jogar ALGUMA VEZ de laranja nessa Copa?)

Brilhante Colômbia: É um tremendo baque quando o principal jogador do time é cortado em cima da hora da Copa do Mundo – ainda mais quando é um dos melhores centro avantes do mundo. Mas Falcao Garcia parece que não faz tanta falta ao escrete colombiano. Jogando um futebol alegre, envolvente e contando com massivo apoio da torcida, conseguiu sua segunda vitória e a classificação no grupo C.

Costa Rica atropelando: Quem acompanhou as eliminatórias da CONCACAF diz com bastante segurança que “não há surpresa” na campanha da Costa Rica na Copa do Mundo desse ano. A verdade é que venceu com autoridade o Uruguai e com segurança a Itália. Foi a primeira a se classificar no primeiro grupo com três campeões mundiais na história. Grupo da morte? A Costa Rica é a única viva.

Inglaterra e seus blue caps: Não deu, de novo. Ninguém sabe o que acontece com a Inglaterra. Eles têm o melhor campeonato nacional do mundo, de melhor nível técnico, o maior número de jogadores de futebol per capita do planeta e simplesmente não conseguem engrenar em Copa do Mundo desde 1966. Sequer chegaram à final nos outros anos! O lado positivo é que a renovação segue, e os bons valores devem estar mais maduros para a Copa de 2018.

França arrebentando: Poucas pessoas apostavam no escrete francês depois da péssima Copa do Mundo de 2010, na África do Sul. Menos ainda depois do corte de Ribery, melhor jogador do time. Mas ninguém ligou, e a França hoje é a seleção que joga o melhor futebol da Copa. Um Benzema absolutamente inspirado lidera um time insinuante, que vai para cima e não tem medo de pressionar do começo ao fim. Sobreviveu à “guerra” contra o violento time de Honduras e venceu com tranquilidade a boa Suíça. Chega forte na segunda fase.

Argentina capenga: quando vi a lista completa de times que vinham ao Brasil, cravei que o Irã era o mais fraco deles. Obviamente minha tese foi reforçada depois daquele show de horrores que foi o confronto contra a Nigéria. Mas, surpreendentemente, conseguiu fazer um jogo duríssimo com a Argentina – a ponto do goleiro Romero ser o melhor em campo! A Argentina ainda não conseguiu se achar na Copa. Venceu o primeiro jogo com um gol contra no começo da partida e um lampejo de Messi. O segundo jogo, a batalha contra o Irã, outro lampejo de Messi na bacia das almas, quando poderia ter perdido facilmente. Que os argentinos abram os olhos, porque a situação lá está bem ruim.

Portugal e os gajos: Um time em frangalhos entrou em campo contra os Estados Unidos, saiu na frente, cedeu a virada e empatou no último lance. Cristiano Ronaldo não está nas melhores condições físicas e técnicas. Pepe perde a cabeça e o time perde a mão. Enfim, está dando tudo errado para Portugal nessa Copa do Mundo. A última chance de fazer uma boa partida (e, numo arroubo de surrealidade, conseguir a classificação) é contra a forte equipe de Gana. Não tá fácil lá na Península Ibérica, não...

Vamos à terceira e última rodada da fase de grupos. Já estou com saudades dos três jogos por dia...

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