quarta-feira, 18 de junho de 2014

Espanha 0 x 2 Chile: Eles vieram, os outros foram

Um time pode ser campeão do mundo em um acidente, vencendo o melhor, passando aos trancos e barrancos até o título. Isso já aconteceu na história.

Mas não me digam que vencer uma Eurocopa, depois uma Copa do Mundo, depois outra Eurocopa – com os clubes locais dominando o futebol europeu – é um acidente.

A Espanha teve uma geração brilhante. Vários meias de qualidade e excelente saída de bola casaram perfeitamente com o estilo de toque de bola imposto pelo Barcelona de Guardiola e transportado para a seleção local principalmente por Del Bosque.

Talvez o final dessa geração foi justamente o confronto contra o Brasil, na final da Copa das Confederações, com um verdadeiro massacre verde e amarelo. Talvez tenha sido a acachapante derrota do Barcelona na Champions League de 2013. Difícil marcar o ponto do paradoxal “começo do fim”.

Mas é possível dizer que, hoje, chegou ao fim. Se o jogo contra a Holanda foi uma anomalia da natureza – puxando para o sobrenatural –, a partida contra o Chile foi ilustrativa ao extremo. O time que domina o jogo com a bola nos pés não soube reagir quando dominado. Desmoronou no segundo tempo contra os holandeses (poderia ter levado 7 gols) e desmoronou depois do primeiro gol do Chile. Ainda no primeiro tempo!

Os louros da vitória são importantes, então vamos à eles: que partidaça fez o Chile! Jogo seguro, rápido na hora de chegar ao ataque e fatal nas conclusões. Só mostrou displicência quando o jogo já estava 2x0 e a Espanha totalmente entregue. Foi um baile.

Parabéns aos dois classificados do grupo B, Holanda e Chile – o último jogo apenas decidirá o primeiro e o segundo no grupo. Parabéns à Austrália, que fez jogos duríssimos contra os dois.

O Chile veio com tudo para a Copa. A Espanha já foi. E ainda pode tomar uma sapatada da Austrália se não acordar.

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