segunda-feira, 30 de junho de 2014

Brasil e Chile: Eu estive lá

Eis o motivo pelo qual eu não venho escrevendo no blog: foi agraciado com a oportunidade de ver a Copa do Mundo ao vivo, do Mineirão.

Não existe nada igual.

Eu confesso que não sou dos maiores entusiastas da Seleção Brasileira. Vi apenas um jogo in loco, contra o Equador em 2007 (aquele 5x0 em que Robinho fez uma jogada surreal), tenho uma dificuldade danada pra ver os amistosos na televisão por causa do horário (faculdade e outras atividades na hora) e não consigo vibrar tanto.

Mas nada disso se aplica a um jogo de Copa do Mundo, em casa, com estádio lotado. Os pênaltis, então, foram um verdadeiro teste para cardíaco.

Poucas vezes eu senti uma emoção assim. E olha que eu frequento estádio – aqui em São Paulo, evidentemente, mais como visitante, mas já fui muito ao Maracanã quando morava no Rio. Copa do Mundo é diferente, é surreal.

Eu gritava como se o Flamengo estivesse jogando. Levantava mais do que manda a etiqueta em um jogo de Seleção (não consigo assistir jogo sentado em estádio, desculpe quem ficou atrás de mim). Virava para trás e gritava “CANTA OU BATE PALMA”, seguido de um sonoro palavrão. Gritei com os jogadores e com o Felipão.

Quando o Brasil fez o gol, pulei que nem uma criança. Quando o Chile marcou eu me lembrei do protocolo da “desgraça” em jogos do Flamengo: gol do adversário é a hora de cantar mais alto do que nunca.

Nos pênaltis a arquibancada inteira se abraçou. O rapaz do meu lado, que nunca devia ter ido num estádio, estranhou no começo aquele monte de gente que não se conhece passando uma tensão ferrada juntos. A garota atrás de mim apoiou a bandeira no meu ombro e apertava a cada gol de pênalti do Chile.

Eu não vi que as cobranças tinha acabado. Só vi o estádio explodindo, os jogadores brasileiros correndo, a cerveja voando pelos ares, fui levantado pelo meu primo. Gritei, pulei, saí do estádio cantando.

É Copa, tá tendo Copa, Copa demais! A torcida cantou, vibrou, sofreu, se esforçou pra tentar alguma coisa diferente. Parece que está se acostumando a torcer pelo Brasil.

(também, o time não joga nunca aqui – pegar a Argentina em PEQUIM foi o cúmulo)

Valeu demais. A Copa do Mundo talvez seja a única hora que dá para vibrar como se fosse o nosso time. É a verdadeira festa do futebol, a maior delas.

Hoje, segunda feira, ainda estou sem voz de tanto gritar.

Queria deixar registrado um agradecimento especial para os mineiros. Depois do jogo conheci muita gente legal, povo simpático mesmo, que fez aquele grupo de cariocas se sentir em casa. Conheci várias coisas boas que Belo Horizonte tem para oferecer.

Gostei demais, pretendo voltar em breve.

Ótimo fim de semana, ótimas companhias, ótima vitória. O jogo foi horroroso e o Brasil passou um aperto desgraçado, mas isso é motivo pra outro post.

Valeu BH, valeu Minas, valeu Brasil!

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