terça-feira, 17 de junho de 2014

Brasil 0 x 0 México: Ainda há um longo caminho

Existem alguns times no futebol que o Brasil têm uma dificuldade tremenda de ganhar, por quaisquer motivos que sejam. Talvez pelo estilo de jogo, talvez por tabu ou simplesmente porque “encaixou”. E nem sempre são equipes de primeiro escalão: a Noruega é uma tremenda pedra no nosso sapato, por exemplo.

Outro time é o México. Nesse século temos saldo negativo contra a seleção mexicana. Chegamos até a perder uma final de olimpíada, com um time ótimo e uma campanha sensacional, contra eles.

Talvez por eles saberem se comportar, talvez pela proximidade no continente ou ainda outros fatores. Nos últimos anos o México é um problema sério para o Brasil.

Isso posto, ao jogo.

O Brasil jogou mal. O lado direito, novamente, foi capenga – e podemos agradecer ao Daniel Alves por isso. De novo uma partida muito abaixo da crítica, errando demais, fazendo opções equivocadas e jogadas sem sentido – isso sem contar a sua predisposição a perder bolas bestas no ataque e, mais perigoso ainda, no meio de campo.

Fred também não conseguiu se achar nessa Copa do Mundo. Mais uma partida em que não consegue acertar o tempo, nem da bola e nem da jogada. Ficar três vezes em impedimento em 45 minutos é demais para um jogador da sua categoria. Seu último lampejo, infelizmente, foi contra a Sérvia. Depois, mais nada.

Destaque positivo para o sistema defensivo brasileiro. Várias vezes que a seleção mexicana ameaçava chegar perto da grande área brasileira, tinha um defensor pra tirar, seja ele Davi Luiz, Thiago Silva ou até Luiz Gustavo em alguns momentos. Aliás, talvez o Thiago tenha sido o melhor jogador brasileiro em campo.

No meio de campo, deserto de ideias. Oscar estava sozinho enquanto jogou pelo lado direito – Dani Alves não entendia quando era pra se apresentar para as tabelas -, Ramires não conseguiu render tanto quanto rende no Chelsea e Paulinho ainda está timido demais e atacando de menos no time do Felipão.

Neymar até tentou. Ia para cima, tomava falta, puxava a marcação e arriscava finalizações. Uma cabeçada sua foi o melhor lance da partida, quando Ochoa tirou a bola em cima da linha. Depois, alguns chutes, algumas enfiadas, mas nada efetivo. O time do México conseguiu, realmente, armar um esquema para não deixar o Neymar jogar.

Bernard entrou no segundo tempo, conseguiu algumas jogadas em velocidade e depois sumiu. Não manteve o ritmo até o final. Até fez boa dupla com Marcelo, ligado no jogo, mas a produção caiu muito. William e Jô pouco apareceram.

Já o México foi regular a partida inteira. No começo do segundo tempo e da metade pro final chegou a ser muito superior, dando trabalho à defesa e obrigando Júlio César, na bacia das almas, a trabalhar bem. Um ou outro chute perigoso.

Resultado ruim para o Brasil e nem tão bom assim para o México. Uma vitória simples contra Camarões deve classificar o Brasil. Já os Mexicanos têm um confronto duríssimo contra a Croácia.

Há muito o que corrigir se a Seleção Brasileira quiser ganhar essa Copa do Mundo. Nesse jogo pudemos ver bem isso.

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