O título é extremamente paradoxal, eu sei. Se o objetivo maior de uma partida de futebol é o gol, como ele pode atrapalhar? Explico.
A seleção da Argentina é um time dividido em dois: um setor ofensivo espetacular e uma defesa capenga – e seu técnico parece saber disso. Montou o time com cinco atrás para soltar o meio e o ataque. Era uma tentativa de ter solidez atrás e dar liberdade pro ataque brilhar em lances isolados.
Só que aí aconteceu o gol contra de Kolasinac, aos 2 minutos de jogo. Ora, com cinco defensores em campo, a equipe sulamericana estava absolutamente pronta para defender assim que saísse o gol. Se ele saiu aos 2 minutos, azar.
E foi isso. A Argentina abdicou de jogar o primeiro tempo. Uma boa chance aqui e ali, um pouco de susto da Bósnia, mas ficou nisso.
Falando em brilho individual, Messi apareceu quase na metade do segundo tempo com uma jogada ao seu estilo: avança com a bola colada no pé esquerdo, tabela com os atacantes, recebe e manda um chute fatalmente preciso. Segundo gol. E aí acaba a partida, praticamente.
Só tivemos um pouco de emoção depois que Ibisevic diminuiu o placar aos 39 do segundo. Uma pressão de leve. Nada demais.
O melhor ataque da Copa venceu, mas não convenceu. Ainda há bastante o que melhorar se pretendem fazer bonito no Brasil.
Mas não duvidem de Messi. Por favor.
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